Cobranças e muitas críticas ao alto índice de violência, com destaque para o número de mortes
Foto: Filipe Lemos/Campos 24 Horas e Ascom
A escalada da criminalidade que assola Campos e a região gerou intensos debates na sessão desta terça-feira (23) na Câmara Municipal. Os vereadores comentaram as mortes do policial militar Fernando Escodino Machado, 28 anos, assassinado no último dia 17, e do aposentado Edimir Pereira da Silva, de 69 anos (dois dias depois), avô do menor de iniciais D.C.S.A. , de 17 anos, suspeito de autoria do crime.
A escalada da criminalidade que assola Campos e a região gerou intensos debates na sessão desta terça-feira (23) na Câmara Municipal. Os vereadores comentaram as mortes do policial militar Fernando Escodino Machado, 28 anos, assassinado no último dia 17, e do aposentado Edimir Pereira da Silva, de 69 anos (dois dias depois), avô do menor de iniciais D.C.S.A. , de 17 anos, suspeito de autoria do crime.
Segundo investigações na 146ª Delegacia de
Polícia de Guarus, o assassinato de Edimir foi uma represália de
traficantes da comunidade do Sapo, no Parque Bandeirantes.
Na sessão, o plenário aprovou requerimento
apresentado pelo presidente da Comissão dos Direitos Humanos da Câmara,
vereador Fred Machado (foto), que pedindo total empenho das autoridades
para a elucidação dos crimes. Os vereadores também dispararam críticas
contundentes à ineficiência da política de segurança de segurança do
governo estadual.
O
vereador Gil Vianna (PSB), que é também policial militar, igualmente
alvejou a politica de segurança do governo do Estado. “O governador Luiz
Fernando Pezão tem nas mãos um Estado que está falido e a segurança
pública está entregue às baratas”, constatou.
A dedicação dos policiais lotados no 8º Batalhão
de Polícia Militar sediado em Campos foi porém ressaltada por Gil.
“Eles são disciplinados. Existe uma hierarquia e aqui os bandidos
respeitam a polícia, muito ao contrário do que acontece no Rio, até
mesmo em Macaé e Cabo Frio”, afirmou.
O vereador Albertinho (Pros) lembrou que, no ano
passado, a Câmara realizou audiências públicas e encaminhou um dossiê
ao governo estadual com um diagnóstico da situação, reivindicando um
conjunto de providências que inclui a instalação de uma Companhia
Independente em Guarus. “Lamentavelmente, não obtivemos nenhuma resposta
do governo”, frisou.
Também policial, Paulo César Genásio (PSC)
manifestou solidariedade à família e criticou o secretário estadual de
Segurança, José Mariano Beltrame. “Ele já deveria ter voltado para o seu
Estado de origem (Rio Grande do Sul) porque não tem contribuído para a
redução da violência”, disse o vereador.
Genásio lembrou que o aposentado só morreu
porque entregou o neto suspeito de autoria do crime para a Polícia e o
tráfico não aceitou. Mas isso (o crime) não vai ficar assim de graça”,
afirmou.
O vereador Nildo Cardoso (PSD) previu o aumento
da violência. “A violência é uma triste realidade entre nós, mas tende a
piorar. Bastar você assistir os telejornais que irá constatar o aumento
da criminalidade, não só aqui mas em termos de Brasil”.
Abdu Neme pediu mobilização da sociedade para
estancar a criminalidade antes que seja tarde. “Temos que buscar uma
solução, antes que seja tarde, não podemos fechar os olhos para esta
situação. Nem admitir que pessoas tenham a rotina de suas vidas pautada
por ordens do tráfico de drogas. A Câmara e a própria sociedade civil
precisam se mobilizar. E que as crianças que habitam essas comunidades
tenham opção de escolha para suas vidas se não sejam reféns do tráfico”.
A falta de projetos sociais por parte do governo
estadual sociais foi alvo de críticas da Auxiliadora Freitas (PHS). Ela
destacou que somente a educação como ferramenta irá contribuir para a
redução da violência.
“É urgente tirar essas crianças das ruas,
através de programas sociais de inclusão, através da música ou da dança.
Os problemas precisam ser tratados em sua raiz. Nossas crianças e
jovens estão a mercê dos bandidos”.
fonte:campos 24 horas
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